Comandante do Exército diz que Forças Armadas rejeitaram golpe de Bolsonaro e que insituição não fez mais do que sua obrigação

“Faço questão de sempre dizer isso: o Exército não tem que ser enaltecido por cumprir a lei. É obrigação. Não tem mérito”, disse Tomás Paiva

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e o comandante do Exército, Tomás Paiva
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e o comandante do Exército, Tomás Paiva (Foto: Ricardo Stuckert)

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, diz que pode assegurar que a instituição não topou nenhuma aventura envolvendo um golpe de Estado após as eleições de 2022 — e que, com isso, não fez mais do que sua obrigação.

Em entrevista concedida a jornalista Andréia Sadi, em seu blog no portal G1, Tomás Paiva diz não ter tido acesso e ter sabido pela imprensa do trecho da delação em que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), diz ter presenciado reuniões em que Bolsonaro e militares teriam tratado de um golpe militar.

O comandante do Exército ainda afirma à jornalista poder assegurar que seu antecessor no cargo, general Marco Antônio Freire Gomes, não aceitou nenhum golpe.

“E faço questão de sempre dizer isso: o Exército não tem que ser enaltecido por cumprir a lei. É obrigação. Não tem mérito”, disse Tomás Paiva.

Segundo o relato de Mauro Cid, a reunião serviu para discutir detalhes de uma minuta que abriria a possibilidade para uma intervenção militar. Se tivesse sido colocado em prática, o plano de golpe impediria a troca de governo no Brasil.

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