Opinião
Em campanha, uma das principais bandeiras da governadora Raquel Lyra (PSDB) foi dar um boom na economia do Estado. Com dez meses de gestão, nada mudou. Vizinho e principal concorrente, o Ceará continua dando de braçada em Pernambuco. Fortaleza, a charmosa capital, é, hoje, o maior PIB, ultrapassando até a então poderosa Salvador, capital da Bahia.
Os levantamentos oficiais que se apresentam dão provas irrefutáveis de que, sem uma política arrojada, sem estratégia e sem uma equipe competente, a governadora vai colocando o Estado no rabo da gata. Logo Pernambuco, que num passado saudoso era o Leão do Norte.
Segundo estudos das agências de desenvolvimento dos dois Estados – Adece e Adepe – de janeiro a setembro deste ano, os investimentos privados atraídos pelos respectivos Estados são bem diferentes. Dá inveja saber que o Ceará gerou oito mil empregos nesse período, Pernambuco não chegou nem a metade disso.
Já no primeiro trimestre, 13 empresas alavancaram R$ 1 bilhão na economia do Ceará e empregos diretos. Pernambuco, pasmem, teve apenas R$ 54,6 milhões de 16 empresas, abrindo somente 242 postos de trabalho. Os números do Ceará impressionam. Nos últimos oito anos, o Estado aprovou 353 protocolos de intenções por meio do Condec, dos quais 144 se concretizaram efetivamente em empreendimentos, gerando mais de R$ 11 bilhões para a economia cearense, cerca de 14 mil novos empregos.
No caso de Pernambuco, a tendência é o Estado continuar crescendo feito rabo de cavalo – para baixo. Tudo porque a governadora aumentou a alíquota do ICMS de 18% para 20,5%. O caminho adotado é contraproducente, a tucana comete um erro histórico. Nenhum empresário vai deixar de investir na Bahia e no Ceará, a partir de agora, sabendo que em Pernambuco pagará muito mais impostos.
O óbvio ululante!
Por: Magno Martins