As vacinas disponíveis nas redes públicas e privadas salvam a vida de mais de 3 milhões de pessoas por ano, principalmente crianças, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesta terça-feira, 17, é celebrado o Dia Nacional da Vacinação, que alerta para a importância da imunização como forma de controle de epidemias ou diminuição da incidência de doenças graves, a exemplo da varíola, pneumonia, meningite, dengue, caxumba, gripe, poliomielite, covid-19, rubéola e sarampo.
Os especialistas chamam atenção para a necessidade de manter a carteira de vacinação em dia, por causa da hesitação de parte da população brasileira de se vacinar nos últimos anos. O infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, pontua que doenças como a varicela, popularmente conhecida como catapora, controladas com a imunização, voltaram a registrar aumento de casos em alguns estados brasileiros, como na Bahia neste ano.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), de janeiro ao início de agosto deste ano, foram notificados 443 casos de varicela, com maior incidência em crianças menores de 1 ano (16,19 casos por 100 mil habitantes).
“Essa doença teve um controle muito importante, mas a negação das vacinas e a dificuldade de acesso aos locais de imunização, durante o período mais grave da pandemia da covid-19, fez com que muitas pessoas deixassem de procurar os postos de saúde para se imunizar. O mesmo aconteceu com relação ao sarampo, que voltou a ter casos registrados em alguns estados. Por isso, orientamos que as pessoas confiem e se imunizem, porque as vacinas têm um benefício muito grande para auxiliar a impedir a transmissão e, obviamente, a hospitalização e a mortalidade”, argumenta.
O Brasil, inclusive, já foi referência de vacinação entre as Américas, tendo sido o primeiro a criar o Programa Nacional de Imunizações, que completou 50 anos este ano.