Governador Jaques Wagner ouve a insatisfação no desfile do 2 de Julho
Letícia Rocha
O governador Jaques Wagner (PT) não teve uma boa recepção dos baianos que acompanharam os festejos do 2 de Julho. A comitiva do governador tentou responder com aplausos, mas durante todo o cortejo da Independência da Bahia deu para perceber o descontentamento dos baianos com o petista.
Mesmo com cartazes, reclamações e gritos voltados contra o seu governo, Wagner afirmou que protestos pacíficos são o propósito do festejo cívico e que estão “dentro do jogo democrático”. “O 2 de Julho é a festa da cidadania e que uns cumprimentam e outros reclamam. A política é o território onde você recebe o reconhecimento pelo feito e a cobrança pelo que está faltando. Esse 2 de Julho é mais especial, por tudo que está acontecendo no Brasil.”
Ao ser questionado se gostaria que o seu governo fosse comparado ao “padrão FIFA” Wagner diz que não quer se “espelhar na FIFA. Ela trabalha com um espetáculo e eu trabalho com uma população”, completa o petista.
Daniela, de 29 anos, aplaudia o governador. “Tem muita coisa na Bahia para melhorar, mas dizer que ele não fez nada é muita hipocrisia.”
Já Tânia Pastoli, moradora do bairro de Santo Antônio há 58 anos, enfeitou toda a frente de sua casa com cartazes e explicou o por que vaiou o governador. “Wagner acabou com a segurança do bairro, esse foi o presente de grego que ele nos deu”.
Michele Perrone foi além dos insultos: ela jogou um copo de cerveja no governador. Enquanto os policiais a questionavam sobre o ato, algumas pessoas aplaudiam e gritavam: “Solta, solta, solta”. Mas mesmo assim, a manifestante foi detida e levada pelos policiais. (Tribuna)