Embora o desmatamento na Amazônia siga sanha destruidora, não implica em completo desalento, uma vez ter sido reduzido em mais de 20% o pedaço de mata incinerado ou destruído por tratores de agosto de 2022 a julho deste ano.
O percentual equivalente a 9 mil quilômetros quadrados é o melhor resultado em igual período desde 2019, quando o governo revelava-se, quando não incentivador do fogaréu, ao menos omisso, em vistas grossas às penalidades.
A estatística fica ainda mais animadora, calculando-se o período de 1 de janeiro de 2023, data da emblemática posse de Luiz Inácio Lula da Silva, visando à união e à reconstrução do Brasil, até o mês de outubro.
Nestes meses de retomada da sensatez, a queda amplia significação, alcançando quase metade do nefasto período anterior, quando o ódio à mata, aos rios e aos indígenas prevalecia para beneficiar a extração de minérios.
Os índices apresentados pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, podem ser interpretados em contraste aos efeitos aniquiladores dos anos perdidos, de ascensão da estultícia, durante a operação confessadamente “passa-boiada”.
A expressão, cunhada pelo antecessor, Ricardo Salles, serviu de flagrante do favorecimento dos investidores e garimpeiros, em detrimento do oxigênio necessário para o planeta, após vazada na internet a locução insana.
A vontade política dos atuais gestores é tida como fator decisivo para combater a criminalidade, graças à retomada dos órgãos de controle do monitoramento, evitando estupidez antes suficiente para indignação em escala mundial.
Outra boa razão para comemorar é o resgate do respeito à ciência, nas bases modernas com as quais foi constituída, a partir da dúvida primeira, seguindo hoje o Brasil os métodos confiáveis a partir das meditações cartesianas.
A confiabilidade nos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais repele os dogmas e as opiniões dos seguidores de crenças mal ajambradas, tomando como base as imagens de satélite por corte raso e degradação progressiva.