BNDES destinou R$ 3 milhões ao Museu do Frevo
Apoiado com R$ 3 milhões em recursos não reembolsáveis do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Museu do Frevo foi inaugurado no Recife neste domingo, 9, data em que se comemora o dia do ritmo pernambucano agraciado com o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade.
O museu está instalado no Paço do Frevo, que ocupa um casarão de três andares na Praça do Arsenal, Bairro do Recife, e inclui ainda uma escola de dança e música, estúdio de gravação, rádio online, áreas para exposição, salas de aula, centro de documentação e café. O empreendimento é uma parceria entre BNDES, Fundação Roberto Marinho, Prefeitura do Recife, Governo de Pernambuco e outros parceiros públicos e privados.
“O Paço do Frevo é singular porque congrega no mesmo projeto a preservação do patrimônio histórico material e imaterial. Além disso, vai atrair visitantes para o centro histórico do Recife, contribuindo para sua revitalização, e gerará receitas, por meio de venda de produtos e do estúdio de gravação. É o exemplo de projeto de Economia da Cultura que o BNDES busca apoiar”, afirmou a chefe do Departamento de Cultura, Entretenimento e Turismo do BNDES, Luciane Gorgulho.
A executiva e o chefe do Departamento Regional Nordeste do Banco, Paulo Guimarães, estiveram presentes à cerimônia de inauguração, da qual participaram o prefeito Geraldo Julio, o governador Eduardo Campos, o escritor Ariano Suassuna e o bailarino e instrumentista Antônio Nóbrega, entre outros artistas.
Tombado pelo Iphan desde 1998 e reformado com o apoio do BNDES, o imóvel que hoje sedia o Paço do Frevo abrigou até 1973 a antiga empresa de telégrafos inglesa Western Telegraph Company Limited e encontrava-se em precário estado de conservação. Exemplar de arquitetura eclética, o prédio reúne elementos clássicos, medievais e barrocos. Sua recuperação, com obras nas fachadas, na estrutura e no interior, preservou as características arquitetônicas.
Maior apoiador da preservação do patrimônio histórico, arquitetônico e arqueológico brasileiro, o BNDES tem uma carteira significativa de projetos nesse sentido no Recife e em Pernambuco. Desde 1999, foram apoiadas 18 iniciativas no Estado, no valor total de R$ 21,2 milhões.
Entre os projetos, incluem-se os restauros da Basílica de Nossa Senhora do Carmo, da Matriz do Rosário de Goiana e da Faculdade de Direito. O Banco também apoiou a restauração e o inventário dos bens móveis integrados da Igreja Nossa Senhora da Misericórdia, em Olinda; e os restauros da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, da Igreja Madre de Deus e do Teatro Santa Isabel, no Recife. (Blog do Jamildo)