90% dos brasileiros dizem não se arrepender do voto em Lula ou em Bolsonaro
Pesquisa Datafolha revela que a disputa ideológica no Brasil está congelada
Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira revela que a maioria dos eleitores brasileiros mantém firme a decisão tomada no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Segundo o levantamento, 90% dos entrevistados afirmam não se arrepender do voto no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Apenas 8% dos entrevistados expressaram arrependimento, enquanto 1% não soube responder. Esta pesquisa foi conduzida em 135 cidades, com a participação de 2.004 pessoas com mais de 16 anos, no dia 5 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Os resultados indicam uma estabilidade na opinião dos eleitores em relação à pesquisa anterior, realizada em setembro. Na estratificação por candidato escolhido, 9% dos eleitores de Lula e 7% dos que votaram em Bolsonaro disseram que se arrependeram. Esses dados sugerem uma polarização política contínua no Brasil, especialmente considerando o resultado apertado do segundo turno, com Lula vencendo com 50,9% dos votos contra 49,1% de Bolsonaro.
Além disso, o estudo aponta que a confiança dos eleitores em seus candidatos permanece alta. Entre os eleitores de Lula, 40% afirmam que sua confiança nele aumentou, enquanto 41% dizem que se manteve estável e 19% acreditam que diminuiu. Para Bolsonaro, 36% dos seus eleitores afirmam confiar mais nele agora, enquanto 46% mantêm a mesma opinião e 17% confiam menos. Esses números refletem uma estabilidade notável, especialmente considerando os desafios recentes enfrentados por Bolsonaro, incluindo a perda de direitos políticos e envolvimento em processos judiciais.
A pesquisa do Datafolha também revelou que a polarização política continua forte no país, com 30% dos entrevistados se declarando petistas e 25% bolsonaristas. Esses dados indicam uma persistência no cenário de divisão política no Brasil, que pode influenciar futuros confrontos eleitorais entre os dois campos.