Uso do jornal na educação incentiva leitura crítica do mundo

Adotado na rede estadual de ensino, Programa A TARDE Educação se vale de estratégias pedagógicas inovadoras

Da Redação

Programa promove a Educomunicação  nos ambientes escolares
Programa promove a Educomunicação nos ambientes escolares – 

A utilização do jornal como ferramenta interdisciplinar que proporciona aos estudantes e professores a  oportunidade de uma leitura crítica do mundo, ao narrar a história à medida em que ela acontece, é uma das estratégias que vêm sendo adotadas pela rede estadual de ensino. Criado há 27 anos, o programa A TARDE Educação está presente nos ambientes escolares de todas as regiões da Bahia, contribuindo com a formação de leitores e aprimorando a linguagem e vocabulário dos estudantes, que são incentivados a analisar diferentes discursos e a desenvolver, como cidadãos, uma posição crítica diante dos fatos.

A iniciativa funciona também como instrumento de apoio pedagógico de integração dos conteúdos curriculares das escolas com o mundo. Ao aproximar os professores dos meios de comunicação, oferece uma série de atividades educativas, culturais e possibilidades interdisciplinares que favorecem a concentração, o domínio da leitura e a disciplina dos alunos em sala de aula.

“No contexto escolar, o jornal desempenha o papel de uma ponte significativa entre a instituição educacional e o mundo exterior, transcendendo os ‘muros’ tradicionais. Essa conexão é fundamental para despertar nos alunos a consciência sobre notícias relevantes e questões sociais, promovendo uma compreensão mais profunda e contextualizada do entorno”, avalia Andréa Silveira, gerente executiva de Projetos Educacionais do Grupo
A TARDE.

O programa envolve professores e estudantes a partir do Ensino Fundamental, oferecendo recursos para potencializar o acesso a conteúdos necessários para a melhoria da educação.  “Com estratégias pedagógicas inovadoras, o programa A TARDE Educação busca ampliar ainda mais as discussões presentes nas mídias comunicacionais, por meio da Educomunicação integrada ao ambiente escolar”, afirma Andréa Silveira.

Para a pedagoga do programa, Márcia Teixeira, o jornal tornou-se uma ferramenta de cunho indispensável ao desenvolvimento dos conteúdos didáticos. “Ele torna as aulas mais contextualizadas, contribuindo com a integralidade formativa dos educandos da rede estadual de ensino da Bahia”, avalia.

Márcia ressalta, também, a responsabilidade do programa de fazer capacitações com os professores sobre como trabalhar com o jornal nos ambientes educacionais. As formações são realizadas de forma presencial, em formato de minicursos, e on-line, através da plataforma Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

Prêmios
O A TARDE Educação obteve reconhecimento  internacional ao receber premiação especial no World Young Reader Prize 2012, que evidencia iniciativas focadas na formação de leitores no mundo. Antes, em 2008, foi contemplado com o Prêmio Viva Leitura, naquele que é considerado o maior evento voltado para projetos de fomento à leitura no país.

NOTAS
Educação indígena
A rede estadual de ensino conta, atualmente, com 7.449 estudantes matriculados e 27 escolas indígenas. Com o objetivo de fortalecer cada vez mais a Educação Escolar Indígena, o Governo do Estado está implantando projetos e políticas públicas que levam em conta as especificidades dos povos originários na Bahia. Pode-se citar como exemplo a convocação de professores e coordenadores indígenas aprovados no concurso público como uma das ações de valorização da carreira do magistério indígena. Além disso, neste ano, o Governo do Estado enviou e a Assembleia Legislativa da Bahia aprovou o Projeto de Lei nº 24.869/2023, que reestrutura os vencimentos da carreira de professores e coordenadores indígenas. Muitas outras ações foram realizadas, como o apoio à realização de jogos escolares indígenas e ao Fórum de Educação Inclusiva dos Povos da Bahia; a promoção de encontro formativo para atualização e elaboração dos Projetos Políticos Pedagógicos Indígenas/PPPIs e o acompanhamento pedagógico às escolas indígenas.

Educação Profissional e Tecnológica
A oferta da Educação Profissional e Tecnológica na rede estadual de ensino está gerando novas oportunidades para jovens e trabalhadores na Bahia, que buscam uma formação profissional e se preparam para o mundo do trabalho. Em 2023, a rede ofertou 57 cursos técnicos de nível médio, em 234 municípios, nos 27 Territórios de Identidade da Bahia, alcançando 96.932 estudantes matriculados. As aulas são ministradas em 325 unidades escolares, sendo que deste total, 45 são Centros Territoriais de Educação do Profissional (Ceteps); 34 Centros Estaduais de Educação Profissional (Ceeps) e 236 unidades escolares da rede estadual.

Universidades estaduais
A Universidade do Estado da Bahia (UNEB), a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) terão um incremento de R$ 32,3 milhões do orçamento estadual para o ano de 2024. O investimento, já autorizado pelo Governo do Estado, foi acordado com os reitores das quatro instituições de Ensino Superior e será destinado para a admissão de 638 docentes e técnicos através de concursos, seleções públicas, convocações, nomeações e contratações.

Transporte escolar
O Governo do Estado destinou R$ 128 milhões do orçamento, em 2023, para o Programa Estadual de Transporte Escolar (Pete). Os recursos são repassados para os municípios, mediante regime de colaboração, para que os estudantes das redes municipais e da rede estadual de ensino, que moram na zona rural, tenham acesso ao transporte escolar seguro e possam frequentar e permanecer na escola. Além disso, 200 ônibus escolares foram entregues, neste ano, representando R$ 47.640.100,00 de investimentos, fruto de recursos próprios do Tesouro Estadual.

Escola Segura
A segurança nas unidades escolares levou o Governo do Estado a implantar, no primeiro semestre de 2023, o Comitê Estadual Intersetorial de Segurança nas Escolas e nos Espaços Educacionais da Bahia (Cise). Presidido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), o Cise é composto por diferentes órgãos do Executivo Estadual e outras instituições governamentais e da sociedade civil. O papel do comitê é atuar em cinco eixos: Ações Transversais de Governo; Saúde Escolar; Formação; Mais Cultura Corporal, Arte, Saúde e Aprendizagem; e Mobilização e Engajamento.

Bahia sem fome
Desde que a Campanha Bahia sem fome foi lançada pelo Governo do Estado  que estudantes, professores, coordenadores pedagógicos, gestores e trabalhadores da Educação se envolveram e promoveram  iniciativas para a arrecadação de alimentos não perecíveis para o programa. Todas as 1.062 escolas da rede estadual de ensino, os 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTE) e a própria sede da SEC foram transformados em pontos de arrecadação. A solidariedade e o engajamento da comunidade escolar resultaram na arrecadação de 239 toneladas de alimentos.

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