CÍNTIA KELLY: O estranho caso do governador que se incomodou com uma pergunta óbvia
Por Cíntia Kelly
O estranho caso do governador que se incomodou com uma pergunta óbvia
O governador Jerônimo Rodrigues se incomodou ao ser questionado sobre ausência do deputado estadual Robinson Almeida (PT) no anúncio da pré-candidatura de Geraldo Jr (MDB) a prefeito de Salvador.
A divulgação ocorreu na noite chuvosa desta quinta-feira (22). Robinson era nome apresentado pelo PT e demonstrava não ter intenção de abrir mão da candidatura, mas foi convencido de que o emedebista é mais competitivo para fazer frente a Bruno Reis (União).
Ao ser indagado por esta jornalista que vos escreve sobre a ausência de Robinson, com dedo em riste, o governador estrilou:
“Aqui vou falar firme com vocês. Nós não vamos permitir que pergunta desse porte estrague nossa unidade”, bradou.
Ao que retruquei:
– A imprensa não pode perguntar?
“O tom que você perguntou não foi o tom de quem pergunta. Seu olhar e sua pergunta não foi (sic)”, rebateu ele.
Eu repeti a pergunta:
– Robinson não veio. Ele está chateado?
“Não está chateado. Eu iniciei dizendo que tem unidade…”, disse.
A reação do governador me surpreendeu dada a obviedade e objetividade da minha pergunta. O que me leva a duas linhas de raciocínio: o processo de escolha de Geraldo não foi tranquilo ou ele está acostumado a perguntas que não lhe causam nenhum incômodo.
Geraldo quer Muniz que quer Bruno
Por falar no anúncio da candidatura de Geraldo Jr para prefeito, perguntei-lhe se o presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), poderia mudar de lado e apoiá-lo, o emedebista disse que o apoio do presidente do Legislativo soteropolitano é o desejo de qualquer postulante ao Thomé de Sousa.
Para além, o emedebista cita que Muniz é amigo na vida pessoal e política. Mas mantém os pés ficados no chão. “A grandeza da política está em entender as limitações que o mundo da política requer”.
Muniz deve manter a palavra empenhada a Bruno Reis e apoiá-lo na reeleição.
Qual o relevante trabalho de Janja na Bahia?
A Comenda 2 de Julho é a maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia. Em tese, deve ser entregue a pessoas que tiveram relevantes serviços prestados no Estado. Talvez o deputado Júnior Muniz (PT) tenha esquecido a finalidade da honraria a tal ponto de apresentar projeto para concedê-la a primeira-dama do Brasil, Janja da Silva. Em 11 meses como inquilina o Palácio da Alvorada, não é muito perguntar: qual o grande trabalho de Janja na Bahia?
Paulo Rangel cada vez mais perto de assento no TCM
O deputado estadual Paulo Rangel (PT) está com tudo e não está prosa. Segundo o presidente do PT, Éden Valadares, o PSD fechou questão e vai apoiar o petista para conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios. O ex-deputado Marcelo Nilo conseguiu, por ora, apoio da maioria dos oposicionistas. Até agora, Fabrício Falcão (PCdoB) e Roberto Carlos (PV) contam, talvez, com o apoio dos próprios partidos.
Raimundinho da JR é barrado no portaria do Palácio de Ondina
Enquanto esperávamos o anúncio da pré-candidatura de Geraldo Jr, convidados do governador chegavam ao Palácio de Ondina para jantar de confraternização. Secretários, segundo escalão, deputados federais e…Raimundinho da JR (PL).
O deputado estadual, que sonha em ser prefeito de Dias D’ Ávila, foi barrado na portaria. Por cinco minutos, ele ficou aguardando os seguranças encontrarem o nome dele na extensa lista de convidados. Eles não encontraram.
Aí Raimundinho retou:
“Chame quem você quiser. Tá me fazendo de besta? Se meu nome não está aí tome as providências. Para com isso, rapaz. Palhaçada”, esbravejou o deputado, que entrou no residência oficial do governo ‘na tora’.
Presidente do PT quer acolher e dar conforto a André Fraga
Meigo o que disse o presidente do PT, Éden Valadares, sobre o vereador André Fraga (PV).O verde vive um dilema. Ele faz parte da federação com PT e PCdoB, que terá como candidato a prefeito Geraldo Jr. No entanto, Fraga é Bruno Reis Futebol Clube.
Éden sugere que o grupo liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues acolha, dê segurança e confortoao verdista. “Ele não quer sair do PV e nós não queremos perdê-lo”, disse, afirmando que acha possível cooptar Fraga.