O PT enviou na quinta-feira (21) três representações ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados em que pede a abertura de processos ético-disciplinares por quebra de decoro parlamentar por parte dos deputados Maurício Marcon (Podemos-RS), Gustavo Gayer (PL-GO) e Abilio Brunini (PL-MT).
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o líder do partido na Casa Baixa, Zeca Dirceu (PT-PR), alegam que os congressistas da oposição deixaram de “observar o necessário decoro parlamentar” quando supostamente veicularam “agressões verbais e morais”. As informações são do Poder360.
O texto afirmou que Marcon, Gayer e Brunini foram identificados em vídeos da TV Câmara participando do coro que gritava “o ladrão chegou” no momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou no Congresso. O episódio se deu na quarta-feira (20) durante a sessão de promulgação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Reforma Tributária no plenário da Casa Baixa.
Na representação contra o deputado Maurício Marcon, especificamente, foram incluídos dois vídeos postados em suas redes sociais, fora da cerimônia.
Segundo o texto, no 1º registro, o congressista grava o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o chama de “o maior ladrão da história do país”. No 2º, Marcon ocupa a tribuna do plenário e diz: “Hoje enfim pude conhecer o ladrão e gritei a plenos pulmões: ‘Ladrão, ladrão, ladrão’”.
Gleisi e Dirceu afirmam que apresentarão representações a outros congressistas nos próximos dias. Depois de recebidas pelo presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Leur Lomanto (União-BA), e incluídas na pauta para votação, os deputados devem apresentar seus pareceres para decidir se serão aplicadas sanções, como punição ou até cassação dos mandatos.
Na quinta-feira (21), o deputado Messias Donato (Republicanos-ES), que recebeu um tapa de Washington Quaquá (PT-RJ), foi alvo de uma representação do PT pedindo a abertura de processo ético-disciplinar por quebra de decoro parlamentar ao “agredir” o deputado Quaquá.