Justiça determina indenização de R$ 1,4 milhão para família de paciente que morreu sem oxigênio em Manaus

A juíza afirmou que o dano sofrido pelos familiares da vítima é “claro, profundo e salta aos olhos”

Familiares de pacientes internados fazem fila para compra de oxigênio no dia 18 de janeiro na capital amazonense
Familiares de pacientes internados fazem fila para compra de oxigênio no dia 18 de janeiro na capital amazonense (Foto: REUTERS / Bruno Kelly)
A Justiça Federal condenou a União, o estado do Amazonas e o município de Manaus (AM) a pagarem R$ 1,4 milhão à família de uma mulher que morreu sem oxigênio no Hospital Platão Araújo, na capital, durante a pandemia da Covid-19. A decisão da juíza Jaiza Fraxe na última semana. A juíza Jaiza Fraxe disse que o dano sofrido pelos familiares da vítima é “claro, profundo e salta aos olhos”. Cabe recurso. Em resposta, a Prefeitura de Manaus, por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), informou que se manifestará quando conseguir mais detalhes do processo. A informação foi publicada nesta terça-feira (26) pelo portal G1.A família foi à Justiça com o objetivo de obrigar o estado amazonense a transferir a paciente para outro hospital na rede pública ou particular. A transferência não chegou a ser realizada por causa da morte da paciente no dia 15 de janeiro de 2021. Familiares da mulher disseram que, um dia antes dela morrer, um médico de um hospital pediu um parecer de reanimação da paciente, mas o procedimento foi negado por falta de leitos.

Segundo a juíza, “a situação da paciente era tão grave que obteve decisão judicial de urgência na Justiça Estadual para sua transferência para UTI (Unidade de Terapia Intensiva”. “A paciente não recebeu os cuidados necessários para evitar morte, tendo agonizado num leito de enfermaria e dessaturado até 40%, o que possivelmente provocou a sua parada cardiorrespiratória”, afirmou.

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