Gonet demite assessor da PGR que disseminou mensagens golpista
Procurador-geral demitiu funcionário comissionado envolvido em disseminação de fake news e articulações anti-STF
A investigação da PF não apenas revelou a participação de Palhares na propagação de mensagens com teor golpista, mas também sua função de intermediário entre o empresário Meyer Nigri, alvo de busca e apreensão, e membros da PGR. Os diálogos interceptados entre eles indicaram a colaboração estreita de Palhares na disseminação de conteúdo falso, amplificando as ações de Nigri.
Ainda de acordo com a reportagem, as mensagens reveladas incluíam comentários comprometedores, como a sugestão de que somente as Forças Armadas poderiam conter o STF e um vídeo manipulado insinuando que a postura do tribunal teria sido intimidada pelos militares. Além disso, Palhares mantinha um grupo de WhatsApp de apoio a Bolsonaro e requisitava que Nigri lhe encaminhasse mensagens do presidente para repassar a outros contatos.
Em áudios obtidos pela PF, Palhares demonstrou interesse em trabalhar na campanha de reeleição de Bolsonaro, afirmando sua intenção de deixar a PGR para contribuir diretamente na esfera presidencial.
Ao ser procurado para comentar o assunto, Palhares optou por não se pronunciar, enquanto a defesa de Nigri negou qualquer vínculo significativo com o ex-funcionário da PGR, alegando que o empresário recebia diversas mensagens, não dando atenção especial às de Palhares.