Marco Aurélio comentou: “O caminho deve ser inverso – do Ministério da Justiça para o Supremo. Um ministro aposentado ser auxiliar do presidente da República, demissível a qualquer momento? Isso não passa pela minha cabeça. Mas, paciência, é o Brasil ‘desarrumado’“, declarou durante entrevista.
A decisão de nomear Lewandowski foi tomada após reuniões entre Lula e Lewandowski, fora da agenda presidencial, tanto no Palácio do Planalto na segunda-feira (8) quanto no Palácio da Alvorada na quarta-feira (10), com a participação de Flávio Dino. O nome do futuro Ministro da Justiça já estava em especulação desde o final de 2023, mas foi confirmado após o primeiro encontro.
Durante o período de transição antes de assumir o cargo, Lewandowski terá que encerrar contratos advocatícios, retirar-se de processos em andamento e suspender suas procurações. Além disso, ele deve deixar o Conselho Jurídico da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Lula e Lewandowski
Essa é a segunda vez que Lula indica Lewandowski para um cargo relevante. No primeiro mandato em 2006, Lula nomeou o magistrado para o STF. Os dois mantêm uma relação próxima há décadas, tendo iniciado suas carreiras em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo.
A posse de Lewandowski está marcada para 1º de fevereiro. Flávio Dino permanecerá no cargo até 30 de janeiro, auxiliando na transição, e assumirá definitivamente a vaga no STF em 22 de fevereiro.