Os nomes e fotos dos fugitivos do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN) passaram a constar na difusão vermelha da Interpol, montem. A lista é para criminosos procurados internacionalmente.
Os procurados são:
- Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos;
- Rogério da Silva Mendonça, de 35.
Logo após a fuga, ocorrida na quarta-feira (14), o Brasil pediu a inclusão dos dois fugitivos no rol de difusão vermelha da Interpol – normalmente utilizado para cooperação entre as polícias de diferentes países quando criminosos perigosos conseguem fugir das nações onde são procurados.
A informação foi confirmada pelo secretário nacional de Políticas Penais, André de Albuquerque Garcia, em entrevista coletiva na quinta-feira (15). Segundo o secretário nacional, no entanto, isso não significa que, para a polícia, os dois fugitivos tenham conseguido deixar o país.
Em entrevista à jornalista Andréia Sadi, o vice-presidente da Interpol para as Américas, Vandecy Urquiza, explicou que a Interpol trabalha com a possibilidade de que os fugitivos tentem sair do país. “Em casos como esse, há sempre a possibilidade que eles [fugitivos] venham a tentar sair do país. A partir do momento que esses nomes são incluídos nessa difusão [vermelha], nós conseguimos que todos os países que compõe a organização tenham acesso imediatamente a informações”, disse.
Na avaliação de Urquiza, a maior probabilidade é de que os criminosos, caso tentem deixar o Brasil, busquem países que fazem fronteira terrestre. Entre as informações compartilhadas com os 196 países estão as digitais dos dois criminosos fugitivos. Dessa forma, segundo Urquiza, existe a possibilidade que eles sejam identificados automaticamente por órgão de imigração dos países integrantes da Interpol.
“Em vários países, o banco de dados da Interpol é cruzado com os bancos de dados nacionais, dados migratórios, lista de passageiros. Isso aumenta o espectro de instrumentos disponíveis para a polícia para tentar localizar a movimentação fora do Brasil”, disse Urquiza.