Pensamento vivo

Pombos

Pombos e sonhos
Ao redor da prefeitura
Banquete para os que cantam
Migalha pro que choram
A sobra que fica na estrada
alimenta o sono dos que dormem
Dos que acordam na sonolencia
De mais um dia
Da triste fadiga
Da infinita fila
Da quentinha fria.
Enquanto a praça
Em passos e embaracos
Por traz da cortina do seu palco
Num discurso cheio de descaso
Os pombos comem migalhas
E nós também.

Por: Celson Amorim

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *