Colégio contratou funcionários acusados de homicídio para segurança dos seus alunos

Por Ricardo Antunes — A unidade de Boa Viagem do Colégio GGE, a principal do grupo, e de mensalidades caras, só acessíveis pela elite do bairro mais nobre do Recife, contratou funcionários suspeitos de pertencer a um grupo de milicianos. A informação caiu como uma verdadeira bomba, pois ninguém imaginaria um cenário como esse para centenas de pais que confiaram seus filhos a escola.

A Polícia Civil cumpriu, na última quinta-feira, dois mandados de prisão, por acusação de homicídio, contra dois integrantes da YLI Vigilância e Segurança, que presta serviços ao GGE de Boa Viagem, mas os dois haviam fugido. De acordo com informações obtidas pelo nosso Blog, os dois elementos podem ter recebido informações de alguém de dentro da escola.

Colégio GGE, em Boa Viagem, no Recife (PE)

Sediada no bairro de Santo Amaro, a YLI está registrada na Receita Federal em nome de Luana Francelino de Arruda Freire, que seria esposa de um policial civil acusado de homicídio em 2019. “Se isso for verdade vamos entrar com um processo. Nós pensamos que nossos filhos estão seguros da violência, mas não existe como confiar nisso se o colégio contrata esse tipo de gente para seguranças de seus alunos”, afirmou um pai.

Com cursos de educação infantil ao ensino médio, o Colégio GGE tem mais de quatro mil alunos matriculados em suas sete unidades – quatro localizada no Recife, uma em Aldeia, no município de Camaragibe, outra em Caruaru, no agreste, e a mais nova, recentemente inaugurada, em Petrolina, no sertão.

Sede da YLI Vigilância e Segurança, no Recife (PE)

O OUTRO LADO

Desde ontem (sábado, 24) nossa equipe vem tentando ouvir a direção do colégio, mas até o momento não tivemos qualquer resposta. Essa matéria poderá ser atualizada com a manifestação de todos os citados.

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