Com o ataque ao ônibus do Fortaleza, protagonizado por uma uniformizada do clube, prestes a completar uma semana, o Sport tem se movimetado nos bastidores para banir sócios com histórico de violência durante dia de jogos. Em contato com a Folha de Pernambuco na noite desta segunda-feira (26), o presidente leonino, Yuri Romão, afirmou que “algumas medidas” serão divulgadas em breve.
Segundo o mandatário, o jurídico rubro-negro encaminhou uma série de documentos aos órgãos públicos nos últimos dias. “Iremos divulgar, em breve, algumas medidas administrativas que versam sobre a entrada da torcida. Estamos aguardando o retorno dos ofícios que enviamos aos órgãos públicos”, explicou Romão.
Quando questionado se a diretoria iria cortar qualquer tipo de vínculo com a principal torcida organizada, o dirigente foi sucinto na resposta. “Não se rompe algo que não há”, enfatizou.
No entanto, em relação aos associados que possuem histórico violento no estádio ou praças públicas, Yuri Romão salientou que “é preciso que o Conselho Deliberativo endosse a nossa medida”, para que os torcedores possam ser penalizados de forma disciplinar e administrativa.
Ainda nesta segunda, em entrevista concedida ao ge, o vice-presidente jurídico do Sport, Rodrigo Guedes, detalhou quais as medidas foram requeridas pelo clube à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE). “O clube requereu à SDS a relação de membros de torcidas organizadas, a relação atualizada de crimes cometidos. Também foi requerido a proibição de usos de vestimentas, adereços e faixas da Torcida Jovem nos estádios”.
Guedes ainda pontuou que o clube solicitou ao Ministério Público a extinção das torcidas organizadas no Estado. Vale lembrar que em 2020, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou que as três principais uniformizadas do Trio de Ferro encerrassem suas atividades. “Pedimos ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que seja dada efetividade a decisão judicial de extinção das torcidas organizadas no estado. Elas foram extintas, mas abrem outros CNPJs com o mesmo endereço, cores… A gente vê que é uma tentativa de burlar decisão judicial”, relatou o advogado.