Adolescente confessa ter matado menino de 10 anos em Itamaracá para vingar assassinato de bebê

Objetivo do crime seria a vingança pelo assassinato de um bebê de 9 meses, realizado por membros de facção criminosa inimiga

Polícia apreendeu armas, munições, celulares e uma máscara
Polícia apreendeu armas, munições, celulares e uma máscara  – Foto: Polícia Militar/Divulgação
Um adolescente de 17 anos confessou ter matado a tiros um menino de 10 anos e ferido outras duas crianças em uma invasão a uma casa na Ilha de Itamaracá, na última quinta-feira (22).

O jovem foi apreendido pela Polícia Militar de Pernambuco na noite desta segunda-feira (26). Ele foi encontrado na Rua da Biquinha, bairro do Pilar. Junto com ele, também foi detido um homem de 27 anos, que estava em uma residência na mesma rua onde aconteceu o crime.

Segundo a Polícia Militar, o adulto foi encontrado na residência armado com um revólver calibre 38. A arma continha cinco munições, uma delas deflagrada. O efetivo também apreendeu dois celulares e uma máscara.

Major Michel, comandante da RadiopatrulhaMajor Michel, comandante da Radiopatrulha. Foto: Polícia Militar/Divulgação

O adolescente, que também estava na residência, fugiu ao perceber a chegada dos policiais. Ele foi encontrado momentos depois, carregando no bolso uma munição calibre 38.

Com a chegada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Paulista, no Grande Recife, o menor confessou o homicídio de Jackson Kovalick Dantas da Silva, de 10 anos, e a tentativa de homicídio de dois irmãos da vítima, garotos de 7 e 12 anos.

Vingança por crime anterior
De acordo com o major Michel, comandante da Radiopatrulha, o crime teria acontecido com o intuito de vingar o assasinato do bebê de 9 meses, Gael Lourenço França do Carmo, morto no dia 17 de fevereiro após criminosos invadirem uma casa, localizada na mesma comunidade.

A mãe e a avó do bebê, de 22 e de 35 anos, respectivamente, também foram baleadas dentro da residência. O caso também segue em investigação pela Polícia Civil.

“A intenção foi se vingar e causar, na mesma proporção, a dor infligida nos familiares iniciais. A informação que temos é de que as crianças que foram atingidas nessa segunda ação são familiares de um dos autores da primeira ação”, explicou o major.

O major também destacou que os crimes seriam um tipo de tática de guerrilha, feita entre duas facções do tráfico na região que disputam território.

“São dois grupos que querem dominar o local e, para isso, resolveram agredir familiares, crianças e pessoas inocentes que não estão relacionadas com a prática de nenhum tipo de crime”.

O adolescente negou qualquer tipo de parentesco direto com as vítimas do crime inicial, que vitimou o bebê, mas confessou ter atuado ao lado de comparsas, e que teria sido responsável pelos disparos que assassinaram Jackson Kovalick.

O homem, de 27 anos, já tinha outras passagens pela prisão por homicídio e estava em liberdade desde novembro. Segundo o comandante da Radiopatrulha, ele teria emprestado a arma do crime para o menor.

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