O Carioca é um ingrato

Sumido da cena política, depois de enxotado do comando nacional do PSDB, o ex-deputado Bruno Araújo aterrissou no Recife, e foi direto para um evento com o presidente nacional tucano, Marconi Perillo, apenas para servir de tarefeiro, provavelmente para bajular a governadora Raquel Lyra.

Em sua fala no ato, numa indireta ao presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto, Bruno disse que quem se comporta com uma postura contrária ao Governo Raquel, “trabalha contra Pernambuco”. Políticos que conhecem de perto a trajetória de Bruno, disseram que ele, na ânsia de querer agradar à governadora, revelou seu lado mais perverso: a ingratidão.

Em todos os mandatos que disputou em Pernambuco antes de pendurar as chuteiras por falta de voto, a pior inelegibilidade para um político, Bruno, o “Carioca”, como é mais conhecido, por ter abandonado o sotaque arrastado do nordestino, contou com apoio da família Porto, seja quando começou a carreira como deputado estadual, seja para um voo mais alto de deputado federal e até para senador.

A ingratidão é uma escolha consciente, uma virtude do pior tipo de esperto, que sabe tirar o máximo proveito das situações sem se preocupar com os outros.

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