A ficha demorou a cair para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de seguidas pesquisas mostrando queda na aprovação, as primeiras sendo menosprezadas pela sua equipe, Lula agora reconheceu que precisa fazer ajustes de rumo em seu governo e fará cobranças na reunião ministerial de hoje.
A ideia é criar agendas positivas para reverter o cenário atual. Interlocutores de Lula esperam que ele entenda que não é só o seu governo que precisa mudar, mas principalmente ele, que está se pautando por um discurso mais à esquerda, afastando o eleitor de centro que votou no petista na eleição presidencial. As informações são do blog do Valdo Cruz.
Segundo aliados, a queda nas pesquisas vem do eleitorado que não é lulista, mas anti-Bolsonaro, que votou nele pela circunstância do momento e, agora, está se afastando.
Os ajustes de rumo já foram definidos:
- evitar novos aumentos de preços de alimentos se eles voltarem a subir;
- buscar canais de diálogos com dois grupos de eleitores que estão insatisfeitos com seu governo: agronegócio e evangélicos;
- evitar gerar munição para o bolsonarismo explorar nas redes sociais, desgastando a imagem do presidente da República.
Lula vai buscar viajar mais pelo Brasil, principalmente neste ano de eleição municipal, para fortalecer os candidatos a prefeito da base aliada de seu governo.
A principal batalha é em São Paulo (SP), onde a aprovação do petista também caiu. O presidente venceu Bolsonaro na cidade, na última eleição, apesar de ter perdido para o ex-presidente no estado de São Paulo.