Gilmar Mendes: assassinato de Marielle é uma oportunidade para “reformar” as polícias no Brasil
O envolvimento de agentes públicos no planejamento do crime é “extremamente grave”, disse o magistrado
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta segunda-feira (25) que a investigação do assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) é uma “oportunidade” para discutir uma “reforma” das polícias no Brasil. De acordo com o magistrado, o envolvimento de agentes públicos no planejamento do crime é “extremamente grave”.
“Muito vem se tendo esse tipo de notícia do envolvimento da polícia com crime organizado. Parte da polícia, né? Obviamente isso é algo extremamente grave. É preciso pensar numa refundação dessas instituições, tomar as medidas necessárias”, disse o magistrado ao chegar para uma sessão de comemoração dos 200 anos de criação do Senado, no Congresso.
A Polícia Federal disse que o deputado federal Chiquinho Brazão (RJ), expulso do União Brasil), e o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ) Domingos Brazão foram os mandantes do assassinato. A investigação identificou o delegado Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil do Rio na época do crime, como o mentor da execução.