Por Juliana Albuquerque
Enquanto a gestão Raquel Lyra destina R$ 43 milhões do erário público para o hospital privado sob gestão do marido da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), a Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Garanhuns, esse mesmo Governo se nega a reabrir a única maternidade pública de Abreu e Lima.
Para entender o caso é necessário retroceder ao ano de 2022, quando, devido ao alto custo de manutenção do Hospital Maternidade de Abreu e Lima, o município cedeu o equipamento para que o Governo do Estado regionalizasse o atendimento para os demais municípios. Após a cessão da estrutura ser cedida, com aval da Câmara Municipal de Abreu e Lima, foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) no Ministério Público entre o Governo Estadual e prefeituras que seriam beneficiadas com a regionalização do equipamento.
Desta forma, pelos termos firmados, o município de Abreu e Lima iria aportar mensalmente para o Executivo Estadual o que receberia do Ministério da Saúde, cerca de R$ 470 mil, além do valor para reformar a estrutura física do equipamento, orçada em R$ 899 mil. Já o repasse do município de Paulista seria de R$ 405 mil; o de Itapissuma, R$ 43 mil, e Itamaracá, de cerca de R$ 28 mil. Para o Estado, ficaria a despesa mensal de R$ 1 milhão.
Porém, mesmo diante de várias tratativas, que tiveram início desde o início da atual gestão estadual, o Governo se nega a assumir a administração do local. De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, o motivo seria a falta de orçamento para isso – R$ 1 milhão.
Enquanto isso, mães que moram em Abreu e Lima e em cidades próximas, que estão sem a única maternidade da região para terem seus bebês, são entregues à própria sorte, arriscando-se à procura de vagas nas maternidades superlotadas do Estado.
Fonte: Bolg do Magno Martins