Bobo da corte

Opinião

Classificado de incompetente e de plantador de notícias falsas do Governo Lula, pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, esticou a corda. De passagem, ontem, pelo Recife, fez um discurso inapropriado, em tom de cobrança ao prefeito João Campos (PSB), pela vaga de vice para o PT na chapa do socialista.

Além de propagador de fake news, segundo carimbou Lira, Padilha é desinformado. Se tivesse conversado com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e com o próprio Lula, não teria dado uma fora. A Lula e Gleisi, João já comunicou e apresentou as razões que não abrigará o PT em sua chapa, como também tomou igual iniciativa o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD).

João e Paes são irmãos siameses nessa contenda com o PT. Ambos são candidatos à reeleição numa eleição dentro da outra, ou seja, se forem reeleitos em 2024 serão, automaticamente, nomes naturais para disputarem as eleições para governador dois anos depois, em 2026, nos seus Estados. No Rio, o vice de Paes tende a ser o deputado Pedro Paulo, do PSD, nome da absoluta confiança do prefeito.

No Recife, João escolherá um dos quatro integrantes da sua equipe que, no apagar das luzes do prazo de filiação partidária, os abrigou em legendas que integram a sua base de sustentação na Câmara e estarão firmes na sua coligação: a secretária de Infraestrutura, Marília Dantas, nome mais forte, colocou no MDB.

Já a secretária de Finanças, Maíra Fischer, ingressou no União Brasil, enquanto o secretário de Planejamento, Felipe Matos, foi filiado ao Republicanos e, por fim, Victor Marques, chefe de gabinete, assinou a ficha do PCdoB. Sairá desse grupo o vice de João. O PT vai ficar chupando o dedo, com o pincel pendurado. Padilha perdeu seu tempo e deu a impressão de que não tem sintonia nenhuma com Lula, nem tampouco com a presidente petista.

É o bobo da corte!

Mozart, o nome do ministro – Na sua fala, o ministro Padilha sequer teve habilidade, defendendo explicitamente o nome de Mozart Sales. “O presidente Lula tem um carinho especial por João Campos e tem tudo para se repetir a aliança no Recife. Quem lidera o debate é o prefeito. Nossa expectativa de quem conviveu, como eu, com Eduardo Campos, com a aliança PT-PCdoB-PSB é para que se repita. O PT tem quadros competentes, entre os quais Mozart Sales, a quem tenho absoluta confiança. Já foi vereador, teve uma votação enorme para deputado federal, mas o processo de escolha é com o prefeito”, afirmou.

E agora, Veras? – Diante das declarações do ministro, revelando uma preferência explícita por Mozart, o que dirá o deputado federal Carlos Veras, que passa a manhã, a tarde, a noite e a madrugada de todos os dias que Deus dá sonhando em ser o vice de João? Com a palavra o senador Humberto Costa, a quem Veras bate continência dentro do grupo majoritário do PT.

 

 

Por: Magno Martins

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