Nego Di deve ser transferido para Porto Alegre ainda no domingo.
A prisão preventiva foi decretada por outra investigação, de estelionato, realizada pela Polícia Civil.
O ex-BBB é suspeito de dar golpe em pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual da qual é proprietário – no entanto, os produtos nunca foram entregues. A investigação da Polícia Civil indica que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a ele na época, em 2022, passa de R$ 5 milhões.
Seu sócio, Anderson Boneti, também teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele foi preso na Paraíba em 25 de fevereiro de 2023, mas solto dias depois.
A “Tadizuera”, loja virtual, operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022 – quando a Justiça determinou que ela fosse retirada do ar. Nego Di fazia a divulgação em seus perfis nas redes sociais dos produtos à venda, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, muitos deles com preços abaixo do de mercado – uma televisão de 65 polegadas, por exemplo, era vendida a R$ 2,1 mil.
A investigação indica ainda que não havia estoque, e que Nego Di enganou os clientes prometendo que as entregas seriam feitas, apesar de saber que não seriam. Mesmo assim, movimentou dinheiro que entrava nas contas bancárias da empresa.
A Polícia Civil declarou também que tentou por diversas vezes intimar Nego Di para prestar esclarecimentos, mas ele nunca foi encontrado.
As autoridades policiais estimam que o prejuízo clientes lesados seja superior a R$ 330 mil, mas como as movimentações bancárias são milionárias, a suspeita é de que o número de vítimas do esquema seja maior, só que essas pessoas não procuraram a polícia para representar criminalmente contra o influencer.