Uma quadrilha que furta carros de luxos de locadoras para vendê-los é alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio, realizada nesta quinta-feira. Os veículos eram alugados. Os bandidos, então, instalavam rastreadores neles, faziam cópias das chaves e os devolviam. Depois os furtavam e clonavam.
A ação, da 21 ª DP (Bonsucesso), visa a cumprir dez mandados de prisão e 23 de busca e apreensão e, Campo Grande e na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste da capital. Sete pessoas já foram presas — entre elas o chefe do bando.
De acordo com as investigações, a quadrilha mirava, na maior parte das vezes, carros de alto padrão. Um dos suspeitos ia até as empresas de e fazia o aluguel do carro. O veículo era levado para um endereço de outro integrante do bando e recebia um rastreador. Depois, um chaveiro era acionado para fazer uma cópia da chave.
Logo em seguida o carro era devolvido e os criminosos o monitoravam até que fosse alugado novamente. Eles, então, esperavam a oportunidade para furtar o veículo — geralmente quando ele estava estacionado — usando a cópia da chave.
Alguns carros eram então oferecidos em sites com preços abaixo dos de mercado. As vendas eram realizadas para outros estados e para o Paraguai. Outros carros era desmanchados e tinham as peças comercializadas.
Vendas para milicianos
Segundo as investigações, a quadrilha é ligada à milícia que atua em Campo Grande e vende os carros furtados também para os paramilitares. O pagamento é feito em dinheiro e em armas.
A apuração sobre a atuação do bando começou depois de, em 2022 e 2023, integrantes de quadrilhas especializadas em furtar veículos de empresas de locação de automóveis serem presos em flagrante. Com as informações obtidas nesses casos, a equipe da 21ª DP constatou a existência de uma quadrilha envolvida no crime.