“Não vou querer policial tendo torcida nas eleições”, alerta Jerônimo

Governador disparou contra o uso político da Polícia Militar nas eleições

Jerônimo fez duras críticas a policiais que usa a PM-BA para fazer política partidária
Jerônimo fez duras críticas a policiais que usa a PM-BA para fazer política partidária – 
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) fez duras críticas, na manhã desta segunda-feira, 22, a policiais militares que usam a corporação para fazer política partidária. Em frente a uma plateia de agentes da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), o petista deixou claro que vai atuar contra o uso da Polícia Militar para fins eleitorais.

Jerônimo lembrou as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas rodovias do interior do Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022. Na época, os petistas apontaram que as ações foram uma tentativa do governo de Jair Bolsonaro (PL) de usar a máquina estatal para impedir a mobilização de eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o governador, sua votação naquela oportunidade também foi prejudicada.

“Não vou querer policial tendo torcida nas eleições. Faça o seu trabalho, para a gente não ver de volta o que vimos nas eleições presidenciais, de policiais federais travando quem era da oposição. Eu sofri com aquilo e não quero nem para mim nem para oposição. Quem for bom que dispute e ganhe na urna”, afirmou Jerônimo.

O gestor estadual ainda alertou que usará a legislação contra aqueles policiais que ultrapassarem os limites de sua atuação para favorecer quem quer que seja politicamente. Segundo ele, quem desejar participar do processo eleitoral, precisará antes tirar a farda.

“O policial que eu perceber, que eu souber, que está se metendo de forma indevida, nós vamos tratar com a lei e com o regimento interno. Nós não permitiremos isso. Não estou pedindo para mim, não. Estou pedindo democracia. Quem for candidato a vereador, a prefeito, vá fazer sua busca de voto. Não abuse. Se for abuso, nós temos que operar”, apontou o governador.

“Eu vou chamar para a fazer um plano decente. A Bahia tem que mostrar ao Brasil que nós respeitamos a democracia”, concluiu Jerônimo.

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