Diário do Centro do Mundo é retirado do ar por decisão judicial; caso envolve deputada bolsonarista

Defesa do DCM denuncia violação dos direitos de imprensa pela Justiça do Tocantins

Pré-candidata a prefeita de Palmas, deputada Janad Valcari, com Jair Bolsonaro
Pré-candidata a prefeita de Palmas, deputada Janad Valcari, com Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação/Ascom)
O Diário do Centro do Mundo (DCM) foi retirado do ar nesta quarta-feira (7) por decisão da Justiça do Tocantins. O caso corre em segredo de Justiça e até o momento ninguém no site foi citado oficialmente.

Segundo a defesa de Kiko Nogueira, editor do DCM, o caso permanece sob sigilo judicial e o portal ainda não recebeu nenhuma citação formal. Os advogados estão tomando medidas para resolver a situação e denunciam a violação dos direitos de imprensa.

De acordo com o portal UOL, o processo foi movido pela deputada estadual bolsonarista Janad Valcari (PL) após o DCM publicar que a deputada teria faturado R$ 23 milhões através de um esquema envolvendo prefeituras e a banda Barões da Pisadinha, da qual Janad foi empresária até dezembro. A deputada é pré-candidata à Prefeitura de Palmas (TO).

A decisão judicial menciona “tentativas infrutíferas” de contato com o DCM. O Tribunal de Justiça do Tocantins afirmou que foi “necessário adotar uma medida alternativa para garantir a efetividade da decisão judicial”. O Ministério Público do Tocantins está investigando as alegações de que Janad Valcari utilizou shows da banda para um suposto esquema de abuso de poder.

Segundo apuração do UOL, Janad, como empresária dos músicos, assinou contratos para receber R$ 1 milhão em verbas públicas de três cidades que contrataram shows em 2023: Rio dos Bois, Porto Nacional e Ponte Alta do Tocantins. Em 2024, a deputada enviou R$ 965 mil em emendas para essas mesmas cidades, o que configura crime.

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