Operação da PF em parceria com Mossad mira supostas “tabacarias do Hezbollah” em Belo Horizonte
PF busca colher mais provas sobre as supostas atividades do grupo libanês na capital mineira
Segundo o site O Fator, um dos principais alvos da investigação é Mohamad Khir Abdulmajid, sírio naturalizado brasileiro, suspeito de ligações com o Hezbollah e de usar empresas de fachada para financiar atividades terroristas. Abdulmajid teria viajado ao Líbano em 2016, permanecendo fora do Brasil por 18 meses, período em que fotos suas em um tanque de guerra foram encontradas nas redes sociais, levantando suspeitas de envolvimento em conflitos armados.
A PF também identificou indícios de irregularidades em empresas e operações financeiras. Pelo menos três tabacarias em Belo Horizonte estão ligadas a ele, sendo a Tabacaria do Hussein, a Tabacaria dos Árabes e o Mundo Eletrônico (já inativa).
A Justiça Federal também determinou o sequestro de valores e bloqueios de contas bancárias, além da imediata suspensão da atividade de empresas-alvos da investigação.
No ano passado, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou a participação israelense na investigação que culminou na operação da Polícia Federal.
Segundo a PF, a operação, batizada de Trapiche, tem o “objetivo de interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país”.
O Hezbollah — cujo nome significa “partido de Deus” — é um partido político islâmico xiita que tem um braço paramilitar apoiado pelo Irã e exerce grande poder no Líbano.