Opinião
A governadora Raquel Lyra (PSDB) não consegue entrar numa zona de conforto real, que só existe no seu território colorido e imaginário das redes sociais. Não fossem as péssimas notícias da semana passada, quando apareceu no ranking dos governadores como a pior do Nordeste e a terceira mais impopular do País, na quarta-feira última (14), veio a queda no índice do Ideb, e ontem o Estado que a tucana governa apareceu como campeão em desemprego.
Pelo levantamento do IBGE, houve queda na taxa de desemprego, entretanto, em 15 estados. Na comparação com o primeiro trimestre, houve reduções significativas em termos estatísticos em Santa Catarina (3,2%), Rio de Janeiro (9,6%), Goiás (5,2%), Minas Gerais (5,3%), São Paulo (6,4%), Pará (7,4%), Ceará (7,5%), Maranhão (7,3%), Espírito Santo (4,5%), Acre (7,2%), Tocantins (4,3%), Alagoas (8,1%), Amazonas (7,9%), Piauí (7,6%) e Bahia (11,1%).
Nas outras 12 unidades da Federação, o IBGE disse que o indicador não teve mudanças consideradas significativas. Ou seja, a variação da taxa ficou dentro da margem de erro da pesquisa. Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). A série histórica começou em 2012. Na média nacional, a taxa de desocupação recuou a 6,9% no segundo trimestre, após marcar 7,9% nos três meses iniciais de 2024. O resultado do País já havia sido divulgado pelo IBGE no dia 31 de julho.
Com a taxa de 6,9%, o desemprego no Brasil retornou ao menor patamar da série para o intervalo de abril a junho, repetindo o nível registrado dez anos atrás, em 2014 (6,9%). Tradicionalmente, o desemprego costuma cair no segundo trimestre, após alta no início do ano. A redução, conforme analistas, também refletiu em 2024 o desempenho positivo de outros indicadores macroeconômicos e a volta de atividades presenciais após a pandemia.