Após dez dias internada, Regininha Poltergeist foi transferida do Instituto Municipal Philippe Pinel, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para o CAPS II Clarice Lispector, que atende áreas como o Méier, na Zona Norte, onde a musa dos anos 90 estava morando com o pai, de 83 anos. Ela foi levada para a primeira unidade após um surto psicótico. A artista não tem previsão de alta.
O quadro de Regina Soares, nome da artista, vem se arrastando há algum tempo, segundo amigos e familiares, que já vinham tentando interná-la há alguns anos. A internação foi confirmada pelo pai de Regininha, Nelson Soares. “Ela já não vinha bem, os surtos estavam ocorrendo cada vez mais”, informou ele.
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Em 2022, Regininha chegou a relatar que estava morando num posto de gasolina após ter que sair do apartamento em que morava no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da cidade, pois não tinha como arcar com as despesas.
“Estou morando em um posto de gasolina, não estou dormindo direito, durmo no chão do banheiro do posto”, contou ela ao Extra”, na época.
Na cabeça de Regina, que sofre com o transtorno há pelos menos quatro anos, essas pessoas “a perseguem e querem matá-la”. Em 2021 e 2022, no auge dos surtos, ela ligava insistentemente para o meu celular relatando os “abusos” que vinha sofrendo, enquanto morava numa comunidade da Zona Oeste. Área dominada pela milícia.
Na primeira vez, ela disse que havia procurado a polícia, mas eles não acreditaram nela. É que Regininha já tinha estado na delegacia várias vezes, com revelações um tanto fantasiosas. “Eles pararam de ouvi-la, porque perceberam que ela não falava coisa com coisa”, diz um amigo.
Quem é Regininha Poltergeist
Bailarina com formação no Theatro Municipal do Rio, Regininha Poltergeist estudou balé clássico por mais de uma década e atuou como professora; Depois de participar de um concurso de beleza, acabou sendo catapultada para o mundo artístico. O apelido que a fez famosa foi dado por Fausto Fawcett, que fazia um célebre show chamado “Santa Clara Poltergeist”, com outras loiras, como Marinara Costa e Katia Bronstein, sendo um dos maiores sucessos do início dos anos 1990.
Regininha chegou a trabalhar na TV como atriz de programas humorísticos, como o “Zorra total” e estampou todas as capas de revistas masculinas da época. Com a fama se diluindo, ela ainda tentou a carreira de funkeira e protagonizou filmes pornôs.
Volta à prostituição
Regina deixou o apartamento do pai no Méier, o mesmo de onde saiu para brilhar nos palcos, e alugou um conjugado no Centro do Rio. Sem renda fixa, passou a oferecer massagens por R$ 100. Mas foi nesse meso período que ela voltou a se prostituir, garante uma ex-vizinha. Como nem as massagens, nem os programas estavam fluindo, e Regininha passou a se sentir novamente perseguida pelos moradores do prédio, ela foi despejada, retornando à casa do pai.