Zambelli diz que foi proibida de assinar o pedido de impeachment de Moraes

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que não votou no pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais por ter sido “proibida” pelo seu advogado. A justificativa veio depois que um usuário do X (antigo Twitter) a questionou sobre não ter  assinado o documento elaborado por parlamentares bolsonaristas que pede a exoneração de Moraes. A alegação é de quebra de rito nas investigações do STF.

De acordo com Zambelli, o impedimento envolve os processos criminais contra ela no STF. Entre eles, está a investigação sobre o envolvimento da deputada na trama golpista que culminou com a invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Em publicação em uma rede social, ela disse que esse é o momento de pessoas sem esse histórico tomarem frente nas petições. “Agora é momento de novos soldados, sem ferimentos, assumirem a dianteira dessa batalha, pois estou nesta pauta desde 2015 e preciso dar 2 passos atrás”.

Zambelli também afirmou, na mesma publicação, que além dos votos dos deputados, os que mais importam são os dos senadores, justificando que “deputados nada podem fazer contra os ministros do STF”. No entanto, ela reafirmou que, como deputada, irá trabalhar a favor de um pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nas respostas à publicação, seguidores da deputada se dividiram entre apoiá-la na decisão e criticá-la. Um seguidor, por exemplo, se “compadeceu”, afirmando que “deve ser horrível ser refém desse Alexandre de Moraes”, e outro a parabenizou pela atitude, justificando: “Não lhe cabe legislar em causa própria”.

O pedido de impeachment já conta com a assinatura de 112 parlamentares, incluindo Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Pastor Marco Feliciano (PL-SP). Segundo o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que anunciou a campanha pelo impeachment, há muitos motivos para a deposição do magistrado, entre eles o de “defender verdadeiramente a democracia do Brasil”.

Do Estadão

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