De acordo com reportagem do UOL, a sequência de abalos fez com que o Núcleo Bahia/Sergipe da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG), a UFBA e a UEFS a publicassem uma nota técnica, no início do mês, defendendo a paralisação das atividades em áreas mais suscetíveis a eventos sísmicos. O último tremor registrado foi no dia 24 de julho, de 3,6 na escala Richter.
À reportagem, a EroBrasil informou que paralisou as atividades após a preocupação de moradores da localidade e disse que o epicentro está fora da área de sua atuação, mas em uma falha geológica conhecida, localizada a aproximadamente 1.000 metros de profundidade.
A empresa disse ainda que monitora a área e garantiu a “imediata e preventivamente, em cumprimento ao seu procedimento interno de segurança, evacuação da mina subterrânea e paralisou todas as atividades, até que fosse feita uma inspeção-geral em suas estruturas.”
Em contato com o Portal A TARDE, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) afirmou que, por ser uma sociedade de economia mista, com um papel primordial na pesquisa e exploração de recursos minerais no estado da Bahia, não possui atividades relacionadas ao monitoramento ou à análise de abalos sísmicos nos municípios causadas ou não pela exploração mineral.
A CBMP reforçou ainda que não possui nenhum contrato ou qualquer forma de colaboração com a EroBrasil Caraíba (MCSA) e por isso não possui ou não pode abrir verificações acerca das atividades dessa empresa.
Ainda conforme a EroBrasil, a mineração em Pilar conta com cerca de 500 trabalhadores, entre diretos e terceirizados e que a mina é “integralmente monitorada por um sistema de microssísmica.”
“Esse sistema capta micro variações do solo, o que nos permite tomar ações preventivas, em alguns casos. Uma vez identificada alguma variação pelo sistema, a equipe de geotecnia passa a monitorar o local, isolando a área e removendo colaboradores, se for o caso”, diz a nota enviada ao UOL.