Os dados são das Projeções de População 2024, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta (22). É a primeira vez que as projeções indicam uma queda da população antes do previsto.
Entre 2038 e 2070, o número de habitantes no Estado declinará de 9.715.428 para 8.619.955.
No Brasil, o ápice populacional será de 220.425.289, em 2041 e, 29 anos depois, chegará a 199.228.708. Uma queda maior que 0,67% ao ano.
As projeções do instituto utilizam dados sobre óbitos, nascimentos e migração provenientes de diversas fontes, como os três censos demográficos mais recentes (2000, 2010 e 2022); a série histórica das Estatísticas do Registro Civil (iniciada em 1974); o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), ambos do Ministério da Saúde, entre outros. Seus cálculos permitem acompanhar a evolução dos padrões demográficos do País.
Natalidade e mortalidade
De 2000 a 2023, a taxa de fecundidade de Pernambuco recuou de 2,5 para 1,6 filho por mulher.
Enquanto isso, o número de nascimentos por ano recuou de 180.593 mil em 2000 para 116.343 mil em 2023, e deve cair para 63.322 mil em 2070.
Já a taxa de mortalidade infantil, no mesmo período, recuou de 42 para 12,9 óbitos por mil nascidos.
Envelhecimento
Segundo o levantamento, a esperança de vida ao nascer entre os pernambucanos subiu de 68,3 anos em 2000 para 75,3 anos em 2023.
Neste mesmo período, a proporção de idosos (60 anos ou mais), no Estado, subiu de 15,1% para 22,5%.
A idade média da população era de 27,8 anos em 2000, subiu para 34,7 anos em 2023 e deve chegar aos 48,7 anos em 2070.
O índice de envelhecimento, que relaciona a proporção da população idosa (mais de 60 anos) com a de crianças (0 a 14 anos) está em 68,9 em 2023 e deve chegar a 325,7 em 2070.
Antecipação
No que se refere aos dados nacionais da pesquisa, o gerente de Projeções e Estimativas Populacionais do IBGE, Marcio Minamiguchi, explica que na projeção de 2018, essa queda da população começaria na segunda metade da década de 2040, perto de 2048.
“Houve uma antecipação. Na projeção anterior, ao olhar para o gráfico, aparentemente era meio que estável. Após a pandemia a trajetória foi no sentido de uma queda. É um ritmo de decrescimento cada vez maior”, enfatizou.