João Couto já havia sido preso em dezembro do ano passado no interior de São Paulo, enquanto atendia em um hospital, após obter registro no Cremesp. Ele foi liberado em poucos dias após a prisão, que ocorreu em razão do indiciamento pela morte de três pacientes.
A nova prisão preventiva foi decretada devido ao descumprimento das medidas cautelares estabelecidas pelo Judiciário. O juiz Flávio Curvello Martins de Souza, da Vara do Júri de Novo Hamburgo, informou que Couto Neto falhou em comparecer a vários atos processuais para os quais foi convocado. Neste ano, foram feitas 13 tentativas de intimar o réu pessoalmente, todas sem sucesso.
Em nota, o advogado Brunno de Lia Pires, que representa João Batista do Couto Neto, expressou surpresa com a decretação da nova prisão. A defesa afirma que o médico estava “cumprindo à risca todas as medidas cautelares impostas” contra ele (leia a íntegra do comunicado abaixo).
O Ministério Público preferiu não comentar o caso, que está sob segredo de Justiça.
João Couto foi indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, em pelo menos três inquéritos concluídos no ano passado. Segundo informações da Polícia Civil na época, os indiciamentos resultaram de investigações relacionadas à morte de dois homens e uma mulher. Em dezembro, Couto foi formalmente acusado na Justiça.
Além das acusações de homicídio, pacientes e colaboradores de Couto relataram a realização excessiva de cirurgias diárias, procedimentos desnecessários e até diagnósticos falsos de câncer raro, entre outras irregularidades.