Opinião
Se no Recife, a propaganda eleitoral na TV e no rádio ainda não foi suficiente para mexer no sentimento do eleitorado, estando o prefeito João Campos numa posição extremamente confortável nas pesquisas, em outras capitais o que os pernambucanos batizaram de “guia eleitoral” está produzindo efeitos surpreendentes.
Em Belo Horizonte, o prefeito Fuad Noman (PSB) cresceu 11 pontos e chegou a 20% das intenções de voto. Bruno Engler, do PL, oscilou positivamente, saindo de 12% para 16%, e o comunicador Mauro Tramonte (Republicanos), que segue na liderança, passou de 30% para 27%. Entre os eleitores que se informam pela TV, Noman cresceu (acima da margem, que é de 5% no segmento), de 12% para 28%, e passou a empatar com Tramonte, que caiu de 47% para 34%. Engler oscilou positivamente de 4% para 7%.
Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tem o maior tempo de TV (65% do total, ou 6 minutos e 30 segundos) oscilou positivamente na pesquisa geral, de 19% para 24%. Isso o mantém em empate técnico na liderança com Pablo Marçal (PRTB), que oscilou de 19% para 23%, e Guilherme Boulos (PSOL), que foi de 22% para 21%.
Entre os eleitores que se informam sobre política pela TV, Nunes oscilou positivamente, de 24% para 34% (a margem de erro nesse segmento é de 5 pontos). Ele saiu de um empate técnico com outros 2 candidatos e passou a liderar nesse segmento. Boulos, que tem 24% do tempo de TV (2 minutos e 22 segundos), também oscilou positivamente entre os que se informam pela TV, de 18% para 22%.
Marçal, que não tem tempo de TV, oscilou para baixo nesse segmento, de 12% para 8%. Por outro lado, cresceu 13 pontos entre os eleitores que se informam pelas redes sociais – segmento no qual lidera agora com 46% dos votos. Na pesquisa geral, oscilou positivamente de 19% para 23%.
Também no Rio – No Rio de Janeiro, quem tem o maior tempo de TV são Alexandre Ramagem (PL), com 35% do total (3 minutos e 28 segundos), quase o mesmo percentual de Eduardo Paes (34%, ou 3 minutos e 26 segundos). Entre 28 de agosto (antes do início da campanha na TV) e 11 de setembro, o candidato do PL oscilou para cima, de 9% para 13% na pesquisa geral (a margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos). Com isso, se descolou de Tarcísio Motta (PSOL), que tem 5% do tempo de TV, e passou a ser o 2º colocado na pesquisa geral.