“O Fluminense acompanha de perto o caso envolvendo o atleta Arthur e informa que se colocou à disposição das autoridades para o pleno esclarecimento dos fatos. O clube reforça seu veemente posicionamento contra o racismo e reafirma que luta incansavelmente contra todo tipo de preconceito no futebol e na sociedade em geral”, diz a nota.

Arthur foi conduzido à 29ª Delegacia de Polícia, em Madureira, na tarde deste sábado, após ser acusado de ter proferido comentários racistas contra um gandula e o volante Edilson, do Madureira. A ofensa teria o durante a partida entre as equipe, válida pelas quartas de final do Campeonato Carioca sub-20.

Durante o jogo no estádio Conselheiro Galvão, o gandula, que trabalhava na reposição da bola, e o volante Edilson relataram que Arthur teria se dirigido a eles com palavras racistas. Segundo Edilson, Arthur teria chamado o gandula de “escravo” e, ao ser confrontado, o jogador tricolor teria repetido a ofensa, dizendo: “Vocês são tudo escravo (sic).”

Após o apito final, que selou o empate de 1 a 1 (e que garantiu o tricolor na semifinal), os jogadores do Madureira partiram para cima de Arthur, aguardando a chegada das autoridades. O meia do Fluminense foi então levado pelos policiais militares para prestar depoimento na delegacia.

Em depoimento no campo do estádio, Arthur negou as acusações e alegou que a expressão utilizada foi “tu é fraco”, e não um insulto racial. O jogador, o gandula e Edilson foram encaminhados à 29ª DP, onde prestaram depoimento.