Além de Motta e Elmar, também é candidato o líder do PSD, Antonio Brito (BA). Brito e Elmar selaram um acordo para fazer frente ao nome de Motta. Eles têm sinalizado que podem formar uma aliança governista, numa tentativa de atrair PT e governo federal.
De acordo com a Folha de SP, parlamentares avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode oferecer espaços no governo para apaziguar os ânimos do postulante à Câmara.
Nos bastidores, dirigentes do União Brasil e do PSD afirmam que a aliança entre as duas siglas pode ser estendida à disputa no Senado. A ideia seria oferecer ao PSD o posto de candidato à presidência da Câmara em troca de o partido não lançar no Senado Otto Alencar (BA) como adversário de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), hoje favorito para chefiar a Casa a partir de 2025.
Pelo cálculo que Elmar expressou a aliados, Alcolumbre ficaria grato pela articulação, assim como o governo, e poderia indicar alguém da preferência do deputado para substituir Waldez Góes no Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. A interlocutores Elmar sinalizou que gostaria de indicar para a pasta o hoje diretor-presidente da Codevasf, Marcelo Moreira.
Apesar disso, até mesmo aliados do líder do União Brasil avaliam como remota a possibilidade de Alcolumbre abrir mão de ter um indicado seu à frente da pasta.
Outro empecilho é que uma ala do União Brasil rechaça o cenário em que Brito seria o candidato a presidente, por haver rejeição a ele entre membros da sigla na Bahia. Existe também uma desconfiança com o presidente do PSD, Gilberto Kassab.
Um aliado de Elmar diz que ele não descarta a possibilidade de outro nome representá-lo na disputa. O deputado relata ter se sentido traído e tem dito que o seu objetivo, mais que se eleger presidente da Câmara, é derrotar Lira.
São citados como opções para essa nova via o líder da maioria, André Figueiredo (PDT-CE), e Domingos Neto (PSD-CE).