Sessão no Congresso marca os 20 anos do Plano Real
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Franco, que comandou o Banco Central (1997-1999), e Elena Landau, do Instituto Teotônio Vilela (ITV), participam nesta terça-feira (25), da sessão solene no Senado, em homenagem aos 20 anos do Real.
No dia 1º de julho de 1994, o Real passou a ser a moeda oficial brasileira. O presidente do PSDB, o senador Aécio Neves, também estará na sessão solene.
Embora Lula em vários discursos tenha dito que era o pai da estabilidade econômica e quando era sindicalista tentou sabotar o plano, a adoção do modelo foi o mais importante passo de um plano que acabou com a hiperinflação no Brasil e criou bases que, até hoje, garantem a estabilidade da economia do país.
Antes do Real, os brasileiros tinham a inflação galopante como parte de seu cotidiano. Em 1992, a desvalorização foi superior a 1000%, o que colocou o Brasil como um dos únicos países a alcançar a marca, ao lado de Zaire, Ucrânia e Rússia.
Fernando Henrique Cardoso assumiu o Ministério da Fazenda em maio de 1993, durante o governo de Itamar Franco, e tratou a redução da inflação como uma de suas maiores prioridades. Em agosto daquele ano, lançou o cruzeiro real, resultante do “corte de três zeros” do cruzeiro, a moeda corrente até então, e que acabou sendo a base para o Plano Real.
O passo seguinte foi dado em maio de 1994, com o lançamento da Unidade Real de Valor.
A URV, com patamar variável a cada dia, tornou-se uma referência para diversos tipos de gastos – desde contratos grandes até despesas do dia a dia.
FHC deixou o Ministério da Fazenda para candidatar-se pelo PSDB à Presidência da República, nas eleições que aconteceriam no segundo semestre daquele ano. No dia 1º de julho, veio o real.
A moeda transformou os hábitos dos brasileiros, que de uma hora para outra deixaram de fazer contas cotidianas com números milionários (o salário mínimo em julho de 1993 foi de 4.639.800,00 cruzeiros, que representava menos de 65 dólares). (Blog do Jamildo)