Carlos Bolsonaro diz que respeita Malafaia, mas critica ataque ‘absurdo’ ao pai

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), reeleito no domingo (6) com recorde de mais de 130 mil votos, afirmou que o pastor Silas Malafaia tem o seu respeito mesmo quando comete “equívocos” como atacar “de forma absurda” o seu pai, Jair Bolsonaro (PL).

O parlamentar é o segundo filho do ex-presidente a se pronunciar após o líder religioso afirmar, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo,  do jornal Folha de S.Paulo, que está decepcionado com Bolsonaro. Carlos desejou “muita paz e saúde” ao pastor.

“Qualquer um reconhece a importância de Silas Malafaia nas pautas da liberdade dos presos políticos e suas derivações. Sem ele muito da anistia não estaria andando na Câmara Federal. É peça fundamental no processo de liberdade no país”, disse ele em um post em suas redes sociais.

“Tem meu respeito mesmo que esteja extremamente irritado por algum motivo e cometa alguns equívocos, agora atacando de forma absurda meu pai. Desejo do fundo do meu coração muita paz e saúde. Um forte abraço”, completou.

Mais cedo, em nota enviada à coluna, o senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), filho 01 do ex-presidente, já tinha se pronunciado sobre as declarações de Malafaia. Segundo ele, “roupa suja se lava em casa e não em público”.

Ele disse ainda que o ex-presidente “foi decisivo” para a ida ao segundo turno do atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), com quem Bolsonaro firmou aliança e até indicou um vice na chapa.

“O presidente Bolsonaro fez o que tinha que ser feito, no momento certo, e foi decisivo para o cenário em São Paulo. Se não fosse Bolsonaro, Ricardo Nunes não estaria no segundo turno”, afirmou Flávio. Nunes enfrentará Guilherme Boulos (PSOL).

Malafaia acusou Bolsonaro de se omitir nas eleições municipais de São Paulo por medo de ser derrotado por Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar no domingo (6).

O líder religioso disse ainda que Bolsonaro se guia pelas redes sociais. “‘Que porcaria de líder é esse?”, questionou.

 

Mônica Bergamo, Folhapress

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