O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Colômbia iniciar uma investigação administrativa contra Petro, nesta última terça-feira, 8, por supostamente violar os limites de gastos em sua campanha de 2022, que totalizam cerca de 880 mil dólares (aproximadamente 4,5 milhões de reais na cotação da época).
Em publicação no X (antigo Twitter), o petista escreveu, “Como alguém que já foi vítima de todo tipo de perseguição política, manifesto minha solidariedade ao presidente @petrogustavo”.
“Não se pode abrir mão do devido processo legal, ainda mais quando o que está em jogo é a vontade do povo expressa democraticamente pelas urnas”, acrescentou.
Lula se juntou à recém-empossada presidente do México, Claudia Sheinbaum, que na quarta-feira, 9, também manifestou apoio a Petro.
Petro, o primeiro esquerdista a governar a Colômbia, denunciou um “golpe de Estado”, ao considerar que esse órgão, de caráter administrativo, não tem autoridade para investigá-lo, e chamou seus apoiadores a “defender” a democracia nas ruas.
Diante de um caso sem precedentes, alguns especialistas acreditam que o CNE pode remeter a investigação à Câmara dos Deputados, que tem a competência para submeter o presidente a um julgamento político.
Em sua mensagem, Lula comparou as investigações ao impeachment de Dilma Rousseff, destituída pelo Congresso Nacional devido ao caso das “pedaladas fiscais”.
“Lembro que, em 2016, a presidenta Dilma foi vítima de um processo de impeachment sem fundamentação legal e esse foi o início de um período turbulento e traumático na história do Brasil”, afirmou Lula.
Alinhados em muitos temas, Lula e Petro uniram esforços para buscar uma solução pacífica para a crise pós-eleitoral na Venezuela e se declararam a favor da integração latino-americana.
Eles também se destacam como os principais críticos a Israel na América Latina, ambos denunciam a guerra entre Israel e Palestina com crítica ao intitulado, “genocídio em Gaza”.