O homem revelou ter sido abordado antes da eleição pelo candidato à prefeitura de Nova Olinda do Maranhão, Ary Menezes, do vice Ronildo da Farmácia (MDB) e de uma aliada deles, Clécia Barros (Republicanos). Os três teriam perguntado o que o lavrador gostaria de ganhar em troca de seu voto.
“Falei que eram 1.500 telhas, 20 sacos de cimento e a madeira da minha casa. Eles me disseram que, se fosse só isso, já estava tudo comprado e que, no dia seguinte, eu poderia ir buscar lá no galpão”, contou em entrevistao ao Fantástico.
No entanto, o lavrador afirmou que apenas as telhas foram entregues e, por isso, desistiu do combinado. Por conta disso, dois dias após a eleição, um caminhão da prefeitura foi à sua casa para retirar as telhas que haviam sido entregues.
Em nota, Ary Menezes, eleito em votação acirrada por apenas dois votos de diferença contra a candidata Thaymara Amorim (PL), declarou que “a compra e venda de votos comprometem a democracia do pleito e devem ser investigadas pela justiça eleitoral” e se colocaram à disposição para esclarecimentos.
O vice-prefeito eleito, Ronildo da Farmácia negou as acusações. “Da minha parte e da parte do Ary, temos 100% de certeza de que não oferecemos dinheiro em troca de votos para ninguém”.
Segundo a defesa de Clécia Barros, ela “não tem conhecimento sobre a coleta ilícita de votos apontada na reportagem” e que sua cliente sempre pautou sua vida pública pela honestidade e respeito à democracia.