Desde os anos 2000, PF registra inquéritos na Bahia por terrorismo, crimes cibérnéticos de ódio e contra Direitos Humanos
Por Mauricio Leiro
Além de crimes mais “tradicionais”, como os crimes fazendários, onde a Bahia lidera os índices de inquéritos abertos pela Polícia Federal, o estado também tem sido alvo de modalidades “recentes”, como terrorismo e crimes cibernéticos. Em levantamento obtido pelo Bahia Notícias, desde 2000, o estado também tem sofrido com essas atividades, segundo a Polícia Federal.
O levantamento realizado pela Fiquem Sabendo, agência de dados especializada no acesso a informações públicas aponta que entre crimes cibernéticos e crimes cibernéticos de ódio foram 132 registros em inquéritos, desde 2000. Crimes contra os direitos humanos foram 5.288 registros realizados pela PF, além de outros três casos de terrorismo acompanhados, segundo os dados.
Em alguns casos, como os de pedofilia, variáveis como a ampliação do acesso à tecnologia podem estar impulsionando a atividade delitiva e, consequentemente, a reação policial. Dos 4,9 mil inquéritos sobre crimes cibernéticos relacionados ao abuso sexual infantojuvenil, 2,6 mil (53%) foram instaurados nos últimos dois anos, entre 2023 e 2024. Neste ano, a média é de uma nova investigação a cada quatro horas.
O maior volume de casos investigados está no eixo Sul-Sudeste. Cinco estados concentram metade dos inquéritos da PF sobre esse tipo de crime: São Paulo (861), Minas Gerais (474), Rio de Janeiro (449), Paraná (416) e Rio Grande do Sul (299). Enquanto isso, a média nacional é de 4,9%.
Além deles, o estado também teve inquéritos abertos com relação a crimes eleitorais e contra o Estado Democrático de Direito, com 524 registros feitos pela Polícia Federal. A Bahia também contou com apuração sobre outras temáticas, inclusive relacionados a crimes ambientais, contra o Patrimônio Histórico e Cultural e Povos Originários, totalizando 1.888 inquéritos desde os anos 2000.