“Pela dinâmica da ocorrência, nós temos que, provavelmente, o disparo que atingiu o menino partiu de uma arma de um policial militar. O projétil ficou alojado, nós teremos agora condições de fazer o confronto balístico e, com o resultado da perícia, nós podemos ter essa conclusão 100%. Mas, tudo indica, pela dinâmica da ocorrência e pela forma como o cenário se dispôs, esse disparo provavelmente partiu da arma de um policial”, explicou Massera.
O incidente ocorreu enquanto Ryan, segundo familiares, brincava na rua. Durante a operação, dois adolescentes, de 15 e 17 anos, também foram baleados. O jovem de 17 anos faleceu após ser atingido durante o confronto. Nenhum dos sete policiais envolvidos ficou ferido, e todos foram afastados para passar pelo programa de acompanhamento e apoio ao policial militar.
“Esses sete policiais são encaminhados ao programa de acompanhamento e apoio do policial militar. Vão ser avaliados e receber todo o apoio da PM. Depois avaliaremos se é o caso de manter esse afastamento por um tempo maior ou não. Os policiais não estão sendo tratados pela Polícia Militar como acusados, eles são vítimas”, afirmou Massera.
A troca de tiros teria ocorrido após uma equipe da Rocam, que fazia patrulhamento na comunidade, ser alvo de disparos feitos por criminosos. Em resposta, os policiais acionaram a Força Tática, resultando em um novo confronto. De acordo com o porta-voz da PM, entre sete e oito suspeitos envolvidos nos disparos fugiram e, segundo investigações, possivelmente pertencem ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Prefeitura de Santos informou que o Samu foi chamado ao local para socorrer as vítimas, mas Ryan já havia sido levado à Santa Casa, onde infelizmente não resistiu. A ambulância atendeu os dois adolescentes feridos, mas um deles, encaminhado à UPA da Zona Noroeste, também não sobreviveu.
A Polícia Militar intensificou o policiamento na área, com o apoio dos Batalhões de Choque da capital, na tentativa de localizar os suspeitos.