A saga de Dom Malan

Dom Antônio Malan (1862-1931) ― Bispo que inspirou essa Petrolina Grande
Nasceu em São Pedro Toulon, França, a 16 de dezembro de 1862. Com 20 anos procurou Dom Bosco, fundador da congregação Salesiana para saber deste santo sacerdote qual a carreira que deveria seguir. Conta um dos historiadores de Dom Bosco que o jovem Malan, antes de falar ao grande fundador dos Salesianos, esteve ajoelhado no altar de Nossa Senhora. Dom Bosco que celebrava missa nesta ocasião viu partir da imagem da rainha dos céus um raio de luz que pousou sobre o jovem. Quando Antônio Malan procurou-o, Dom Bosco apontou-lhe a carreira: ― “Seja Salesiano!” Ordenou-se em Montevidéu, Uruguai, a 28 de outubro de 1889.
Designado para exercer o apostolado no Brasil, internou-se pelas selvas de Mato Grosso promovendo a catequese dos índios e o preparo da mocidade. Fundou as Colônias da Imaculada Conceição, do Sagrado Coração e de São José, não se podendo deixar de evocar as obras do Liceu de São Gonçalo de Cuiabá, o Colégio de Santa Teresa de Corumbá, as escolas agrícolas de Coxipó e de Palmeiras, respectivamente.
Eleito bispo titular de Amiso e prelado do Registro do Araguaia (Mato Grosso), foi sagrado a 15 de agosto de 1914. Após beneméritos serviços nas terras de Mato Grosso, a Santa Sé houve por bem de o transferir para a nova Diocese de Petrolina, Pernambuco, cargo que tomou posse a 15 de agosto de 1924.
Como prelado, há 7 anos em Petrolina, ali irradiou diariamente, sem tréguas, as belezas sadias de suas raras virtudes. Materializando a sua obra no bispado que lhe foi confiado deu D. Malan a Petrolina, a mais bela catedral do Brasil, um vistoso palácio episcopal, um colégio para meninas e outro para meninos, um esplêndido hospital que fazem desta cidade pernambucana uma Canaã no meio das regiões semi-selvagens dos nossos sertões.
Faleceu a 28 de outubro de 193.
Nota biográfica composta de excertos da obra “Bispos e Dioceses do Brasil”, de Apolônio Nóbrega e do registro de sua morte publicado no “Jornal do Recife”, em 4 de novembro de 1931.
Por: Marcelo Damasceno

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