Cartão do Bolsa Família paga cachaça; bets, não
O Supremo Tribunal Federal validou as regras do governo Lula (PT) que impedem beneficiários do Bolsa Família de utilizarem o cartão do Bolsa Família nas casas de apostas esportivas, as “bets”. Nem o governo petista e nem a decisão do ministro Luiz Fux proíbem apostas em loterias da Caixa ou gastos com bebidas tipo cachaça, por exemplo, tampouco em supérfluos. A proibição quanto às bets cancela o reconhecimento da liberdade dos beneficiários para gastar o dinheiro como quiserem.
CPFs na mira
Estudo do Banco Central apontou que CPFs de beneficiários do programa apostaram só em agosto R$ 3 bilhões nas bets esportivas.
Pior dos cegos
O BC não tem estudo sobre quanto dos R$ 23 bilhões arrecadados pela Caixa com loterias saíram dos bolsos de beneficiários do Bolsa Família.
Não vê quem não quer
O Planalto e a Caixa não parecem ter discutido a proibição do uso de valores do Bola Família em apostas nas loterias ou no jogo do bicho.
Loterias dispararam
A arrecadação da Caixa com loterias, em 2024, já cresceu 19% em relação ao ano passado: R$ 12,3 bilhões no primeiro semestre.
‘Malddad’ contra os pobres provoca reações no PT
Um dos principais responsáveis pelo atraso no anúncio do corte de gastos é o Ministério de Desenvolvimento Social, chefiado pelo petista Wellington Dias. O senador pelo Piauí ganhou apoio dentro do PT contra a tesourada pretendida pelo ministro da Fazenda, que insiste em cortar benefícios sociais, desidratando bandeiras apropriadas pelo partido. Esse empenho da Fazenda levou os petistas a se referirem a ele com um apelido que tem feito a delícia dos corredores do Planalto: “Malddad”.
Pente fino
Para galvanizar apoio de críticos de Malddad no PT, Wellington Dias vende terreno na lua, prometendo economizar até R$ 5 bilhões em 2025.
Contratar a crise
As facções petistas, sempre sedentas por cargos e recursos, acusam a equipe de “Malddad” de poupar ministérios ocupados pelo centrão.
Maquiagem
Temendo desgaste pelos cortes nos programas assistenciais, a palavra “corte” foi proibida a pedido de Malddad. É para usar “revisão de gastos”.
Tribunal faz-de-conta
Surrada nas urnas, a extrema-esquerda não perde a pose: amigos do alheio no MST criaram “tribunal popular”, de inspiração fascista, para julgar… “o imperialismo”. Ao menos não haverá fuzilamentos.
Roubou, dançou
Na Argentina não existe a expressão “descondenado”, e certamente em nenhum outro lugar afora o Brasil. Por isso mesmo foi confirmada a pena de 6 anos imposta à ex-presidente Cristina Kirchner por roubar o país.
Incompetência dolosa
“Se colocarem o PT para administrar o deserto do Saara, em dois anos faltará areia e ainda cobrarão imposto pelo uso do sol”, disse Marcel van Hattem (Novo-RS), parafraseando o economista Milton Friedman.
Socialismo caviar
Fernando Holiday (PL-SP) ironiza a viagem a Nova York dos socialistas Tabata Amaral (SP) e João Campos (PE), prefeito do Recife, para cursos em cara universidade: “Socialismo para eles, capitalismo para nós”.
Menos é mais eficiência
Tem data marcada para terminar o trabalho do empresário Elon Musk no Departamento de Eficiência dos EUA, que lembra o velho Ministério da Desburocratização do governo João Figueiredo: 4 de julho de 2026.
Ela não sabe nada
Ex-ministra da Justiça da França que irá assumir cargo na USP, Christiane Taubira disse em entrevista que a Amazônia abriga “povos remanescentes de sistema colonial escravista” e “pertence ao mundo”.
Mais o que fazer
Com o fim do ano aí, urge o tempo para votar coisas de interesse do País, mas, no Psol… deputados se mobilizam pela urgência de um projeto que reconhece o Hip Hop como manifestação da cultura nacional.
Jogando a toalha
Não tá fácil nem para pelegada alinhada ao governo Lula. Sindicatos de carreiras típicas de Estado foram só lamentações em audiência da Câmara. Acusam o governo do companheiro Lula de “lento e falho”.
Pensando bem…
…agora é oficial: o dinheiro do Bolsa Família não pertence ao beneficiário.
Embaixador também nivela por baixo
O jornalista Oliveira Bastos visitava no Rio de Janeiro o embaixador Roberto Campos, então presidente do banco BNDES na primeira fase do governo JK. No lado de fora, manifestantes exigiam sua cabeça, acusado de “tramar contra os interesses nacionais”. O mesmo Roberto Campos que encantava interlocutores na diplomacia, também sabia baixar o nível, e desabafou com o amigo que o visitava: “O que mais me irrita é a falta de precisão da linguagem deles. Está bem, dá para entender que eles querem a minha cabeça, mas qual delas? Se for esta aqui – disse, apontando o próprio órgão genital – não tem acordo!”