Coronel da PM-DF exime polícias e diz que atentado foi “ato isolado”

Na avaliação do militar, explosões na Praça dos Três Poderes foi atitude de um “louco solitário”

Por Lula Bonfim

Atentado culminou na morte de uma pessoa
Atentado culminou na morte de uma pessoa – 
atentado a bomba ocorrido na noite desta quarta-feira, 13, na Praça dos Três Poderes teria sido um ato isolado, impossível das polícias prevenirem. Essa é a opinião do coronel Leonardo Moraes, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (ASOF PMDF), entrevistado nesta quinta, 14, pelo Portal A TARDE.

Coronel Moraes definiu como “louco” e “imbecil” o autor do atentado, o catarinense Francisco Wanderley Luiz, morto após as explosões causadas por ele próprio nas proximidades do Congresso Nacional, em Brasília.

“É claro que é muito cedo para falar qualquer coisa, mas, com certeza, pelo que se pode apurar até agora, é um caso isolado. Um louco, um imbecil, que pretendia falar em nome de alguém, mas falou sozinho e cometeu um erro. O material que usou, inclusive, era de pouco potencial lesivo. A maior parte eram fogos de artifícios. E eu lamento que isso possa afetar a imagem da Polícia Militar do Distrito Federal”, afirmou Moraes.

Para o oficial, mais um fato provocado por extremistas — assim como o que ocorreu em 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes — pode não apenas afetar a imagem da PM-DF, mas também de Brasília.

“Isso nos deixa muito tristes. Querem vender uma imagem de que aqui está uma praça de guerra, com revolucionários acampados, mas isso não é verdade. Brasília está na maior tranquilidade. Isso foi um fato isolado de um louco, um idiota, um cara que tinha algum transtorno, talvez, e cometeu esse ato execrável”, criticou o coronel.

Questionado sobre quem seria responsável por evitar o atentado, o oficial eximiu de responsabilidade não apenas as polícias do DF, mas também a Polícia Federal. Para ele, não havia como prever o fato ocorrido.

“A Polícia atua de uma forma muito consistente no Distrito Federal como um todo. Somos uma polícia ostensiva. Agora cabe à Polícia Federal investigar, para ver o que tem por trás disso, para que não ocorra outro ato desse tipo. Mas foi um fato isolado, de um lobo solitário, que eu chamaria de louco solitário. E aí fica complicado para a Polícia Militar prevenir que aconteça”, afirmou.

“A Polícia Federal atua na área de investigação, não como polícia ostensiva. Eu não diria que houve falha de absolutamente ninguém. A Praça dos Três Poderes é de jurisdição federal, mas a gente também faz patrulha lá, já que é uma área turística. Infelizmente, esse louco fez essa palhaçada, mas não havia como prevenir, porque foi um fato isolado”, concluiu o coronel.

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