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Acusados se escondiam em casarão abandonado na Praça Sergio Loreto (Foto: Divulgação/PCPE) |
Um dos acusados pelo latrocínio do sushiman Michel Jung Batista Loureiro Júnior, de 26 anos, o preso Michel Leandro da Silva, conhecido como “Olho de Gato”, de 31 anos, usava vestido e peruca longa para assaltar suas vítimas no Centro do Recife, segundo a investigação.
Olho de Gato teria sido responsável pelas facadas que mataram a vítima e foi delatado pelos comparsas Manoel Joaquim Silva Neto, o “Mané”, de 31 anos, e Moisés Lima Silva Filho, o “Baixote”, de 25, também foram indiciados. O crime aconteceu na calçada do Fórum Thomaz de Aquino, em Santo Antônio, na noite de 13 de novembro.
Aos policiais, testemunhas afirmaram que ele seria usuário de crack, tem o perfil violento, já havia machucado outras pessoas na região e usava o disfarce para evitar ser reconhecido ou flagrado por câmeras de segurança. Em interrogatório, o suspeito optou por ficar em silêncio.
Na ficha criminal de Olho de Gato, obtida pelo Diario de Pernambuco, constam passagem por receptação, roubo majorado e porte de arma branca. Os processos tramitam em diferentes juizados e varas criminais do Recife e de Olinda.
Os outros dois acusados também têm antecedentes criminais. O trio teria formado uma gangue recentemente para assaltar celulares de comerciantes e transeuntes na região central da capital pernambucana, segundo a investigação.
Latrocínio
Na noite do crime, Michel Jung havia saído do restaurante japonês, onde trabalhava de cozinheiro, em direção ao Cais de Santa Rita. Olho de Gato, Baixote e Mané estavam junto e teriam atacado a vítima na Avenida Martins de Barros, por volta das 23h55.
Ao avistar o sushiman, Olho de Gato teria sacado uma peixeira, com sete centímetros de comprimento, corrido atrás dele e o esfaqueado na região do ombro. O celular do sushiman foi roubado pelos comparsas quando ele ainda estava agonizando, de acordo com os depoimentos.
Em interrogatório, Baixote e Mané admitiram que venderam o aparelho por R$ 120 no Camelódromo, na Avenida Dantas Barreto, também no centro. O dinheiro teria sido dividido pelos três.
Segundo o depoimento dos suspeitos, o comprador seria um comerciante conhecido como “Playboy”. A identidade verdadeira do receptador ainda não foi apontada pela polícia.