Ex-funcionários do Grupo João Santos protestam por falta de pagamento de rescisões

Ex-funcionários do Grupo João Santos fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira (9) por avenidas do Centro do Recife para reivindicar o pagamento de valores das rescisões relativas às demissões de sete anos atrás. No início de dezembro, o grupo foi multado em R$ 200 mil por descumprir acordo para quitar impostos e direitos trabalhistas.

O conglomerado pernambucano dono de 41 empresas está em recuperação judicial, com uma dívida de mais de R$ 10 bilhões. A manifestação teve início por volta das 9h, em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Cais do Apolo, no Bairro do Recife, na área central da capital pernambucana. Os participantes levaram faixas com críticas ao grupo e ao pedido de recuperação judicial.

O protesto deixou o tráfego mais lento em avenidas movimentadas, como a Rua da Aurora, após o grupo seguir em caminhada em direção ao Tribunal de Justiça de Pernambuco, localizado no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife. A manifestação foi encerrada por volta das 13h30.

Entre a principal reclamação dos manifestantes, está a proposta de recuperação do Grupo João Santos apresentada à Justiça. Ao g1, ex-funcionários contaram que estão há anos sem receber nenhum tipo de verba rescisória desde que foram demitidos.

“Nunca recebemos nenhum contato da empresa, pelo contrário, algumas pessoas dizem que somos todos idiotas e que estamos perdendo nosso tempo”, afirmou Norma Pontes, que trabalhou como gerente em uma das empresas do grupo por 46 anos.

O segurança do trabalho Wagner de Holanda contou que as demissões abalaram economicamente todos os então funcionários. “Tem gente aposentada, mais velha, que está aqui esperando receber. Essas pessoas estão sofrendo. Quando conseguem ajuda da família, é bom, mas, às vezes, ficam até sem remédio”, disse.

Ele também relatou que, após a demissão, não houve mais nenhuma procura por parte do Grupo João Santos. “Eu me sinto altamente lesionado e desprotegido com a Justiça. Eu me dediquei [ao grupo] por 15 anos, ainda passei um ano sem receber salário, e, hoje, não tenho reconhecimento nenhum. Nem eu, nem meus colegas de trabalho”, contou.

Do g1.

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