Juliana Leite Rangel viajava com o pai, Alexandre, com destino a Niterói, no Rio de Janeiro, quando passaram por uma abordagem da PRF, na BR 040, em Duque de Caxias. Alexandre sinalizou a parada após ouvir a sirene, mas, segundo ele, os policiais desceram da viatura atirando.
“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: ‘Por que você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, disse Alexandre.
Juliana foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes e submetida a uma cirurgia. Segundo a prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo. Alexandre também foi baleado na mão esquerda, mas não teve fraturas e recebeu alta na noite de terça.
A Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal determinou o afastamento dos agentes envolvidos na ação. Vitor Almada, superintendente da PRF no RJ, disse que, em depoimento, os policiais alegaram que ouviram disparos quando se aproximaram do carro, deduziram que vinha dele, mas depois descobriram que tinham cometido um grave equívoco.