O tesouro de Tutancâmon

Em dezembro de 1922, após milênios de silêncio, o mundo testemunhou o renascimento de um dos maiores tesouros arqueológicos da história: os primeiros artefatos descobertos na tumba de Tutancâmon emergiram das areias do Egito. Entre eles, destacou-se uma esplêndida caixa de madeira, ricamente adornada com pinturas policromadas.
Na tampa, cenas vibrantes de caça capturam o jovem faraó em momentos de destreza e vigor, enquanto nas laterais, batalhas épicas são retratadas com intensidade.
Nessas imagens, Tutancâmon aparece com sua armadura reluzente, conduzindo sua carruagem contra inimigos asiáticos e núbios, em uma demonstração simbólica de poder e domínio.
Catalogada pelo arqueólogo Howard Carter como o item número 21, essa peça foi cuidadosamente transferida para a tumba vizinha de Seti II, temporariamente convertida em laboratório de restauração. Lá, iniciou-se o meticuloso trabalho de conservação, que marcaria o início de um legado histórico e artístico sem precedentes.
Esse momento não apenas revelou a riqueza material de uma era antiga, mas também reacendeu o fascínio pelo Egito faraônico, imortalizando Tutancâmon como um ícone da arqueologia moderna.

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